Já falei, em outra ocasião, sobre a técnica Pomodoro de aumento de produtividade. Acho que é um ótimo sistema, mas tem uma série de limitações que vamos explorar aqui no Produtividade Ninja.

Mas recentemente tive uma série de contratempos que fez com que o pomodoro se revelasse bastante útil.

Diferente dos dias em que tenho a oportunidade de fazer meu ritual matinal que define todo o contexto de como será meu dia, tive que resolver burocracias, tirando xerox de documentos, fila para Correios e, para completar, limpar um vazamento da máquina de lavar louça.

Quando percebi, estava quase no horário de almoço… e recebi uma ligação para discutir coisas de trabalho. Nada que fosse muito produtivo.

Acabei resolvendo ir para a academia e manter minha meta de treinar três vezes por semana. Quando retornei, preparei rapidamente o almoço e entrei em mais uma reunião. E mais burocracia adiante, com outras ligações e documentos a serem impressos e formulários a preencher.

Era 18:00 e eu não havia produzido NADA.

Claro que resolvi uma série de pendências, mas essas atividades não vão gerar nenhum resultado significativo a longo prazo. Não aumentam o meu potencial de fazer coisas acontecer. São meras distrações.

Nessa hora, agarrei meu Pomodoro (um timer de cozinha que faz barulho enquanto cronometra até uma hora) e decidi que nesse dia faria exatos quatro pomodoros: dois até a hora de jantar. Uma rápida pausa. E mais dois antes de dormir.

Nessas quatro horas que se seguiram, a minha produtividade foi às alturas. Comparado com o tipo de eficiência que eu tinha uns cinco anos atrás, eu diria que essas quatro horas valeram por quatro dias inteiros de trabalho.

Não recomendo o uso da Pomodoro Technique diariamente, e em um post futuro contarei o motivo. Mas em situações como a que descrevi, em que tudo parece ter saído do controle, é uma ferramenta bastante valiosa para colocar as coisas no devido lugar.