Lembro da época que eu trabalhava com finanças internacionais em um escritório de advocacia. Era umas duas da madrugada, e eis que a advogada que trabalhava comigo suspirou:
– Arrfffghh… isso aqui é chato demais!
Eis que eu olhei pra cara dela e perguntei:
– Mas se você acha chato, por que escolheu esse emprego?
Santa inocência de estagiário, bátima.
Lembrei desse episódio pois acho que muita gente que vem até o Produtividade Ninja costuma ver as atividades adiante um pouco como a advogada frustrada.
Cada tarefa a realizar é um suplício. É o sentimento de perda total do controle sobre o que fazemos em nossa vida.
Ao invés de pensar em produtividade por essa ótica, sugiro encarar a produtividade como uma diversão. Como um video-game.
Não é bacana, quando estamos jogando um game com fases bem complexas, diversos inimigos e ataques vindos de todos os lados?
Essa é uma forma de ver as coisas como desafios. É a Produtividade de Video Game.
Quando eu respondia 300 emails diariamente no contexto de lançamento do meu programa de coaching financeiro A Classe Alta, era assim que eu via as atividades:
– responder 100 emails
– verificar comentários no blog e na área de interação entre clientes
– responder Twitter e Facebook
– envio de produtos a novos clientes
– preparo de relatórios para contadores
– responder outros 100 emails
… e assim ia, num fluxo praticamente infinito de atividades.
Como havia um forte propósito relacionado a esse projeto, e uma certa complexidade, isso tudo me dava aquela mesma adrenalina de quando jogo um bom game.
Dentro do meu planejamento e lifestyle design, procuro me afastar de todas as atividades que não geram esse estado de flow, ao delegar, colaborar com um time ou fazer o outsourcing para um prestador de serviços.
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